O doping (ou dopagem) não é mais que um termo inglês que designa o uso de drogas ou substâncias que aumentam as capacidades físicas dos atletas. O doping pode também ser considerado como uso de certas técnicas ou métodos que alteram o estado físico do desportista aumentando o seu rendimento desportivo. Também é considerado doping o uso de substâncias que disfarçam esses proprios dopantes, como é o caso dos diuréticos.
A prática de doping já é bastante antiga, tendo pelo menos mais de um século. Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona recorrendo a doses enormes de conhaque e estricnina, para conseguir aguentar o desgaste físico da corrida. Como resultado, desmaiou assim que ganhou a maratona, tendo sido necessário várias horas para que ele fosse reanimado e recuperasse os sentidos. Pensa-se que esta prática começou a desenvolver-se intensamente a partir do momento em que começou os grandes eventos desportivos, onde vários países competiam entre si. O Comité Olímpico Internacional decidiu adoptar medidas antidoping em todas as provas oficiais e principalmente nos Jogos Olímpicos. Desde então tanto as técnicas como os meios de procura de doping têm evoluído, ainda que as técnicas dopantes estejam a evoluir mais rapidamente que os testes antidoping.
A prática de doping pode assumir muitas formas e existem inúmeras maneiras de aumentar as várias capacidades físicas humanas, dependendo do desporto em causa. Para quem não sabe, hoje em dia já existem práticas de dopagem para desportos como o xadrez e outros desportos mentalmente muito exigentes.
Quais são então as várias práticas de doping?
Tipos de Doping:
Beta bloqueadores:
-Os beta bloqueadores são remédios que baixam a pressão sanguínea. Actuam no sistema cardiovascular, diminuindo o número de batimentos do coração. Ajudam em categorias que exigem precisão, como o arco e flecha e o tiro.
Diuréticos:
-Os diuréticos são usados pouco antes das provas para desidratar o organismo e diminuir o peso dos atletas. Atletas de boxe, luta, judo e halterofilismo podem usar a substância para actuarem em categorias de peso inferior ao seu.
Estimulantes:
-Os estimulantes agem directamente no sistema nervoso, estimulando a atleta. A cafeína é o exemplo mais comum. Os velocistas de atletismo conseguiram melhorar seus tempos com esse tipo de substância.Porém, a FIFA passou permitir a cafeína, retirando-a das substâncias ilegais em 2007.
Injecção de sangue:
-Alguns atletas injectam até um litro de sangue pouco antes da competição. A transfusão aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade de circulação de oxigénio entre as células até 5%.
Narcóticos:
-Os narcóticos são usados para combater dores moderadas e agudas. A maior parte tem efeitos colaterais, incluindo transtornos respiratórios em proporção à dose e risco de dependência química.
Esferóides anabolizantes:
-Geralmente são usados por via oral ou através de injecção. Alguns usuários fazem abuso de preparações farmacêuticas disponíveis para uso veterinário.
Uso dos esferóides anabolizantes:
-Por indicação médica são usados no tratamento de doenças como por exemplo da anemia, hipogonadismo e angioedema hereditário, por exemplo.
O uso ilícito por atletas, frequentadores de academias ou pessoas de baixa estatura é feito na crença de que essas drogas:
O uso ilícito por atletas, frequentadores de academias ou pessoas de baixa estatura é feito na crença de que essas drogas:
- Aumentam a massa muscular;
- Aumentam a agressividade;
- Diminuem o tempo de recuperação entre os exercícios intensos;
- Melhoram a aparência.
- Aumentam a agressividade;
- Diminuem o tempo de recuperação entre os exercícios intensos;
- Melhoram a aparência.
No entanto, o uso abusivo leva a efeitos colaterais graves. É claro que muitos atletas usam essas substâncias sem estarem cientes dos efeitos colaterais, mas a grande maioria tem consciência dos mesmos e as utilizam mesmo assim, em ciclos com dosagem bastante regulada.
Curiosidades:
-Para usar a cafeína como estimulantes, o atleta teria que tomar num curto espaço de tempo 36 copos de café.